Como escolher o desfibrilador correto?
O desfibrilador é o equipamento mais usado para reverter casos graves de parada cardiorrespiratória ou arritmia aguda.
Pesquisas da SOBRAC apontam que, em média, 300 mil brasileiros anualmente sofrem arritmias e mortes súbitas por ano. Por isso é tão importante conhecer melhor os desfibriladores. Afinal de contas, é um equipamento que pode manter a vida dos pacientes.
Por serem importantes, é interessante ter um desfibrilador em cada ambiente do hospital. Desta forma, os profissionais têm mais agilidade no atendimento em casos emergenciais, já que quanto mais rápido o socorro, maiores são as chances de sobrevivência do paciente.
Continue lendo para conhecer melhor os desfibriladores e escolher a melhor opção para você.
Como funciona o desfibrilador?
Antes de falar do desfibrilador em si, precisamos dar um passo atrás e falar sobre o processo de desfibrilação. Chamamos de fibrilações ou arritmias cardíacas os estados de “desorganização” dos batimentos cardíacos, que indicam graves riscos para o paciente.
A desfibrilação é especificamente o momento em que a carga elétrica é aplicada na parede torácica ou sobre fibras musculares do coração de alguém que teve como sintomas fibrilação auricular, como dores no peito, falta de ar e parada cardíaca.
Quando usado nesses casos, o desfibrilador tem a função de reverter o quadro de fibrilação para evitar perdas de funções cardíacas ou cerebrais. O equipamento faz isso de forma rápida e segura, sendo essencial em ambulâncias, emergências de clínicas e hospitais e até mesmo em empresas.
Porque deve haver um desfibrilador em muitos locais do hospital?
É recomendável ter um desfibrilador cardíaco em vários ambientes do hospital para oferecer um atendimento mais rápido, já que pacientes em estado cardiorrespiratório grave não devem ficar na sala de espera ou aguardar atendimentos emergenciais. Com vários equipamentos, a chance de salvar uma vida é maior.
Quando há desfibrilador apenas na sala de emergências, há uma menor possibilidade de sobrevivência do paciente. Por este motivo o congresso nacional determinou que o equipamento fosse obrigatório em alguns locais, confira:
- locais como estações rodoviárias e ferroviárias, portos, aeroportos, centros comerciais, estádios e ginásios esportivos, hotéis, templos e outros que tenham aglomeração ou circulação diária de 2.000 pessoas ou mais;
- qualquer sede de evento que preveja a concentração ou circulação de 2.000 pessoas ou mais;
- trens, metrôs, aeronaves e embarcações com capacidade igual ou
superior a 100 passageiros;
- ambulâncias e viaturas de resgate, policiais e de bombeiros.
O que é necessário para manusear um desfibrilador?
O DEA é um aparelho muito simples de ser usado, por isso não é necessário ser um profissional de saúde para usá-lo. Em alguns casos o próprio equipamento define a carga que deve ser liberada, deixando a tarefa ainda mais simples.
Para que o desfibrilador seja usado de forma correta em caso de emergência, é importante que a pessoa leiga receba um treinamento dado por um médico ou enfermeiro para saber como operar o equipamento de forma segura tanto para ela quanto para o paciente.
Porém, existem outros modelos que só podem ser usados por profissionais de saúde por serem mais complexos.
O que é preciso observar quando for escolher um desfibrilador?
Para garantir que você irá comprar o melhor equipamento para a sua necessidade é muito importante que conheça quais tipos de desfibriladores existem e os seus usos. Confira abaixo.
- Desfibrilador Externo Manual: apenas profissionais de saúde podem usá-lo e é muito comum tê-lo em hospitais e ambulâncias.
- Desfibrilador Externo Automático (DEA): pessoas com pouco treinamento podem usá-lo, pois é um aparelho automático.
- Cardioversor: tem todas as funcionais dos desfibriladores comuns com o plus da aplicação de choque sincronizado.
- Cardioversor Desfibrilador Implantável ou Desfibrilador Cardíaco Interno Automático (AICD): é parecido com o marca-passo e é usado para monitorar o ritmo cardíaco, podendo iniciar choques de forma automática para prevenir arritmias com potencial fatal.
Na hora de escolher o seu desfibrilador é importante observar quais os diferenciais do equipamento, a tecnologia usada, o quão ele é prático e ágil é, o custo benefício, suporte técnico, os tipos de eletrodos e a regulamentação da ANVISA.
Esperamos que esse texto tenha te ajudado a tomar uma boa decisão!
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