Equipamento de Raios X: Qual a melhor opção?

Podemos dividir os equipamentos de Raios X em duas categorias de acordo com a suas tecnologias: Convencional e digital.

A evolução tecnológica destes equipamentos está fazendo com que muitos hospitais, clínicas e centros de diagnósticos por imagem, abandonem os seus antigos aparelhos analógicos, optando pelas tecnologias digitais, que possuem muitas vantagens em relação aos sistemas convencionais.

Neste artigo vamos explorar as diferenças, vantagens, desvantagens e como funcionam as principais tecnologias encontradas no mercado, aqui você encontrará as informações que necessita para melhorar de forma considerável os seus serviços radiológicos.

• Sistema de Rx convencional

Durante o procedimento um feixe de Rx é produzido por um gerador e projetado sobre o corpo do paciente, as diferenças de densidade e composição de cada área determina a quantidade de radiação absorvida, os raios X que atravessam sensibilizam um filme radiográfico, depois disso é necessário que este filme seja revelado por um processo químico, gerando imagens em tons de branco e cinza.

Comparado com a radiologia digital, talvez a única vantagem que podemos destacar para este tipo de equipamento é o preço, pois são consideravelmente mais baratos que os equipamentos digitais, entretanto os gastos com filmes, os desperdícios de tempo e filmes ocasionados por exames mal feitos, que são repetidos devido à baixa qualidade da imagem obtida e o espaço físico requerido para o arquivamento destes exames, torna este método dispendioso e nada sustentável para instituições de médio e grande porte. Há também outro fator importante que deve ser considerado: a necessidade de repetir exames quando não é obtida uma imagem de boa qualidade, o que expõe o paciente e o operador à doses desnecessárias de radiação ionizante.

• Sistema de Rx Digital

O princípio de funcionamento dos sistemas digitais é o mesmo do convencional, a diferença está no modo de aquisição das imagens, aqui não é necessário o uso dos filmes radiográficos, ao invés disso, os exames são digitalizados para um computador e exibido numa tela de alta resolução, com a opção de ser impresso em papel fotográfico.

Na radiologia digital existem dois tipos de sistemas de aquisição e digitalização de imagens (CR e DR). O funcionamento deles é bem parecido, ambos são detectores planos, a diferença é que no tipo CR é necessário conectar o detector a um “leitor” de placas conectado ao computador para que a imagem seja digitalizada, já o sistema DR faz isso diretamente.

Abaixo destacamos de forma mais detalhada as diferenças dos sistemas de detecção direta (DR) e indireta (CR).

SISTEMA DIGITAL INDIRETO (CR)

Neste sistema o equipamento possui um chassi com um “slot” que recebe uma placa digital sensível à radiação, onde as imagens são digitalizadas, em seguida a placa precisa ser conectada a um leitor, para que a imagem seja digitalizada para o computador, este sistema apesar de ter uma ótima qualidade de imagem, possui a desvantagem de ter a necessidade de manuseio excessivo do detector, o que aumenta o risco de danos, como quedas acidentais. 

SISTEMA DIGITAL DIRETO (DR)

Funcionam de forma similar ao sistema indireto, com a diferença de que não há a necessidade de utilização do leitor para extrair a imagem do detector, os Rx são capturados, gerando automaticamente a imagem e enviando diretamente ao computador. Em alguns equipamentos este processo leva apenas dois segundos e sem a necessidade de fios.

A imagem digital possui excelente resolução espacial, maior nitidez, contraste e maior diferenciação das densidades teciduais, conseguindo ser muito mais detalhada, auxiliando o médico no diagnóstico de patologias ou lesões que passariam despercebidos no exame convencional, além disso, há a possibilidade de pós-processamento das imagens para atingir o resultado esperado, desta forma, o radiologista pode fazer ajustes, cortes, giros, ampliações, ajustes de contrastes, equalizações, notas, entre outras funções.

Os sistemas digitais mais modernos também exigem uma carga muito menor de radiação, devido à alta sensibilidade dos detectores e às tecnologias empregadas nos geradores de Rx e colimadores, tornando o ambiente mais seguro tanto para a paciente, quanto para o operador.

A radiologia digital ainda trás uma serie de outras vantagens:

• Exames mais rápidos, o que aumenta a produtividade (mais exames/dia);
• Possibilidade de compartilhamento de imagens dentro da própria instituição, possibilitando a implantação de sistemas de laudos remotos e telemedicina;
• Responsabilidade ambiental e sustentabilidade, uma vez que se reduz o uso e descarte de filmes radiológicos e mesmo que seja impresso, o papel é 100% reciclável.
• Maior durabilidade dos equipamentos, uma vez que estes sistemas são mais modernos e trabalham com potencias menores sem comprometer a qualidade da imagem, o que reduz o aquecimento e consequentemente o desgaste do tubo de Rx;

Apesar do preço destes equipamentos serem consideravelmente maiores que os sistemas analógicos, quando analisamos os ganhos em qualidade e produtividade, os sistemas digitais se tornam um investimento necessário e viável, vale lembrar que se você já tem um aparelho analógico em funcionamento, podemos fazer a atualização de seu equipamento para o sistema digital através da aquisição de um sistema DR, proporcionando toda a qualidade dos sistemas digitais ao seu equipamento convencional.

A Medtec trabalha com as melhores marcas de equipamentos de Rx digitais, fixos e móveis, transforme seu centro de diagnóstico por imagem com o melhor da tecnologia digital!

 

Autor: Ivan P. O. Junior

Engenheiro Biomédico, Pós-Graduando em Engenharia clinica e hospitalar 4.0, vendedor técnico na Medtec Equipamentos Médicos.

Referências:

ALS-NIELSEN, Jens and Mcmorrow, Des (2001). Elements of Modern X-Ray Physics. [S.l.]: John Wiley & Sons Ltd,

COUTO, Edwar Barbosa. PACS em Nuvem – Um Diagnóstico Estratégico para os Hospitais Universitários Geridos Pela EBSERH. 2018.